A perda de audição é uma condição quase inerente ao normal processo de envelhecimento das pessoas. Inclusivamente tem um nome próprio que é: Presbiacusia.
Existem efetivamente casos excepcionais de pessoas que conseguem manter um nível de audição ótimo até uma idade muito avançada.
No entanto, para a generalidade das pessoas o passar das décadas é acompanhado de perda da audição progressiva, principalmente nos sons mais agudos (frequências mais elevadas).
Inicia-se habitualmente na 4a década e é irreversível.
É preciso ter em atenção que é frequente que, na fase inicial, o próprio não dê conta da situação e que sejam familiares ou amigos a notar as primeiras alterações.
Considera-se muito significativo quando se associa a perda médias superiores a 40 dB. Nestes casos a comunicação oral é já bastante difícil.
Estas situações são frequentes a partir dos 60/70 anos e devem ser referenciadas para consulta de Otorrinolaringologia para observação, realização de exames de audição (audiograma) e se necessário referenciação para tratamento.
A ausência de tratamento destes casos implica que as pessoas em causa tenham uma dificuldade crescente em comunicar.
Os problemas na comunicação vão impedir a interação em família, com amigos e até no trabalho.
Ora, os seres humanos necessitam de socializar para manter os níveis de bem estar e a sensação de felicidade.
A dificuldade de interação leva a que a pessoa se isole contribuindo para processo depressivos e de demência, que por sua vez, vão colocar ainda mais entraves à interação social, começando a agravar a situação numa lógica de bola de neve.
O tratamento na maior parte dos casos implica o recurso a proteses auditivas.
Estas próteses permitem aproveitar ao máximo o que resta de função auditiva, recorrendo a tecnologia complexa.
O momento do início do uso de próteses auditivas e o tipo concreto de próteses a usar têm de ser adaptados caso a caso, tendo em conta a perda exata de audição em cada ouvido, nos diferentes tipos de sons e o nível de exigência da pessoa em causa no que toca à qualidade de vida.