O despiste da perda de audição em recém-nascidos está englobado em programa nacional denominado RANU (Rastreio Auditivo Neonatal Universal).
Trata-se do processo de avaliação do nível de audição de todos os recém nascidos, que se deve iniciar no 1º mês de vida e que permite despistar os casos de surdez à nascença.
O seu objetivo é detetar perdas auditivas permanentes superiores a 40 dB e conduzir os casos encontrados a iniciar reabilitação antes do 6 meses de idade.
Estudo das crianças pode englobar 2 exames simples e rápidos:
Otoemissões Acústicas Automáticas – Permite determinar se as células do ouvido interno respondem a estímulos sonoros.
Potenciais Evocados Auditivos – Teste a realizar nas crianças que não passaram no primeiro teste. Permite saber se os estímulos elétricos que são produzidos no ouvido interno são adequadamente conduzidos até ao cérebro.
Em ultrapassando o problema da surdez é possível aproximar o desenvolvimento da fala e da linguagem das situações normais. Desta forma, principalmente se a reabilitação for iniciada antes dos 6 meses de vida, é possível que as crianças com surdez reabilitada tenham resultados escolares sobreponíveis aos das crianças normo-ouvintes.
Desta forma é possível transformar um caso de uma criança que teria as suas capacidades/perspectivas de futuro bastante limitadas num caso de uma criança completamente normal e que pode desenvolver todo o seu potencial.