O canal auditivo externo tem a conformação de cilindro oco.
Em alguns casos (boa parte deles em praticantes de desportos aquáticos), o osso do canal “cresce” para o interior do cilindro formando exostoses.
As exostoses habitualmente crescem de forma lenta diminuindo a permeabilidade do canal auditivo externo.
Em casos avançados, surgem infeções de repetição da pele do canal auditivo externo (otite externa) e mesmo uma mínima quantidade de cera pode tapar completamente o canal. No limite, as exostoses podem avançar a ponto de taparem completamente o canal auditivo, formando um tampão de osso implicando grande perda de audição.
Tratamento implica cirurgia na qual são removidas as exostoses. No período pós-operatório o paciente tem de usar tampão no ouvido operado por sete dias. Nos casos em que os dois ouvidos estão atingidos opta-se operar os dois ouvidos em ocasiões distintas.
A cirurgia deve ser realizada antes de as exostoses taparem completamente o canal auditivo externo. Nos casos em que cirurgia é realizada com o canal completamente tapado pelas exostoses o risco cirúrgico é maior. Assim, a remoção das exostoses é feita sem controlo visual do tímpano, podendo este ser lesado no decorrer da cirurgia.