Otite média crónica em que existe crescimento de pele vinda do canal auditivo externo para o interior do ouvido médio (interiormente ao tímpano).
Na maior parte das situações, o ponto de partida são múltiplas infeções nos ouvidos na infância.
Ao longo de anos, a pele vai-se acumulando no interior do ouvido e causando a destruição das suas estruturas (tímpano, ossículos, ouvido interno).
Numa fase inicial não existe qualquer manifestação.
O avançar da doença leva a que surja crescimento bacteriano no aglomerado de pele o que implica que o ouvido comece a deitar pús e a ter mau cheiro.
A destruição progressiva do ouvido leva a que o nível de audição se vá deteriorando lentamente.
Caso a doença não seja tratada, após a destruição das estruturas do ouvido o aglomerado de pele vai avançando para as zonas em redor (vasos sanguíneos/nervos do crânio, cérebro e pescoço) podendo causar complicações muito graves, potencialmente fatais.
O tratamento implica cirurgia (timpanomastoidectomia) que permite a limpeza do aglomerado de pele e se possível a reconstrução das estruturas do ouvido na tentativa de preservar a audição.
Os pacientes com este tipo de doença devem ser seguidos por toda a vida, com consultas com intervalo mínimo de 1 ano.