O tecido das amígdalas tem o aspeto de uma “esponja”.
Com o passar dos anos, em situações normais, este tecido vai “atrofiando”, sendo que na fase final da vida é difícil identificar as amígdalas, na maior parte das pessoas.
Em algumas situações, o processo de “atrofia” das amígdalas não decorre dentro da normalidade. Nestes casos, o tecido “esponjoso” em vez de diminuir de dimensões, mantém as mesmas dimensões ou pode até mesmo aumentar o seu tamanho.
Assim, as pequenas cavidades do “tecido esponjoso” vão aumentando, originando “criptas” (orifícios de grandes dimensões e profundidade). As criptas transformam-se em depósitos de restos alimentares que vão sendo degradados pelas bactérias que se encontram na boca.
Os aglomerados esbranquiçados de restos alimentares em decomposição são chamados de “caseum”. A presença de bolas brancas de caseum nas amígdalas implica um processo de irritação contínuo da garganta associado a mau hálito e dor /sensação estranha na garganta.
As próprias bolas de caseum podem servir como ponto de partida para infeções nas amígdalas ou em outros pontos do organismo.
A presença de bolas de caseum pode ser facilmente distinguida de uma vulgar amigdalite bacteriana, uma que vez que na última implica a presença de febre e dor de garganta muito forte.
As bolas de caseum podem liberta-se espontaneamente de vez em quando, principalmente quando se engole com muita força, uma vez que a compressão dos músculos da parede da garganta “espreme” as amígdalas, libertando o seu conteúdo. Esta libertação proporciona um alívio temporário das queixas, já que nas refeições seguintes as criptas voltam a encher-se com restos alimentares que começam a ser degradados pelas bactérias da boca.
Nos casos de pessoas que tenham refluxo de vómito pouco presente é possível fazer regularmente a “higiene” das amígdalas comprimindo-as com um pau de gelado.
Nos casos com queixas mais intensas ou em pessoas que não consigam fazer a higiene das amígdalas, o tratamento recomendado é a remoção das amígdalas (amigdalectomia).